terça-feira, 17 de novembro de 2009

Sozinho

Na minha fluidez desabrocham os interiores

Num monólogo distraído

Num momento que não se compartilha mais...

Aconteceu antes, não deu tempo....


E na distração os interiores falam

Dançam, arquitetam, entendem-se...

Criam novas falas e sons

Testam novos movimentos

Envolvem-se com a melodia....

Estão nus e sem máscaras

Estão receptivos e sem companhia...


Estranho é exatamente isto,

A receptividade desperta

Quando não há outro alguém....

E mesmo assim tudo está bem


O prazer do solo

É o prazer do solo no palco

Que compartilha com muitos

Que sabe estar sendo observado por tantos olhos

Mas ainda é um solo....

O mesmo solo de grande receptividade sem convidados

Talvez invisíveis....

Ou talvez recebendo o mundo....

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