Na minha fluidez desabrocham os interiores
Num monólogo distraído
Num momento que não se compartilha mais...
Aconteceu antes, não deu tempo....
E na distração os interiores falam
Dançam, arquitetam, entendem-se...
Criam novas falas e sons
Testam novos movimentos
Envolvem-se com a melodia....
Estão nus e sem máscaras
Estão receptivos e sem companhia...
Estranho é exatamente isto,
A receptividade desperta
Quando não há outro alguém....
E mesmo assim tudo está bem
O prazer do solo
É o prazer do solo no palco
Que compartilha com muitos
Que sabe estar sendo observado por tantos olhos
Mas ainda é um solo....
O mesmo solo de grande receptividade sem convidados
Talvez invisíveis....
Ou talvez recebendo o mundo....
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